A Abrin 2025 reuniu especialistas do setor para discutir tendências e inovações que estão transformando o mercado brinquedista. O painel “Muito além do brincar: Brinquedos que estimulam a criatividade, conceitos e o pensamento crítico e ajudam a reduzir as telas”, trouxe vários questionamentos sobre como os brinquedos educativos estão ganhando espaço como uma alternativa às telas, promovendo o desenvolvimento infantil e fortalecendo a conexão entre pais e filhos.
Mediado por Luciana Perroud, terapeuta ocupacional e fundadora da Clínica Aptos, o painel contou com a participação de Fernanda Ricci e Arieli Silva (Grupo Leonora), Tamara Campos (Grupo Gala), Ewerton e Ana Paula Romano (Brinquedos Babebi)e Juliana Patudo (Maped). . Acompanhe a leitura deste artigo e confira os highlights desse momento!
O brincar como ferramenta de desenvolvimento e conexão familiar
Em um mundo cada vez mais digital, os brinquedos educativos têm se destacado como aliados no desenvolvimento infantil. Durante o painel, Ewerton Romano, co-fundador da Babebi, ressaltou que “o brincar é o trabalho da criança”. Segundo ele, “cada brinquedo que vendemos fortalece laços, cria memórias afetivas e, com certeza, constrói um mundo mais humano e próspero”.
Ana Paula Romano, co-fundadora e diretora criativa da Babibi, complementou: “Quando uma criança toma o lugar do adulto, ela adoece. Quando um adulto retorna para o lugar da criança, ele se cura.” Essa filosofia tem guiado o desenvolvimento de produtos que estimulam a imaginação e criatividade infantil, enquanto proporcionam momentos significativos de interação.
Já Juliana Patudo, da Maped, reforçou a importância do brincar livre: “O brincar livre é essencial para o desenvolvimento infantil. Não é só entreter, é permitir que a criança explore, crie e aprenda no próprio ritmo”.
Produtos inclusivos e acessíveis para todas as crianças
O mercado de brinquedos educativos também tem avançado na inclusão de crianças atípicas. Arieli Silva, do Grupo Leonora, apresentou a linha Color Joy, desenvolvida após mais de 1.300 entrevistas com famílias e profissionais. “Nossos produtos têm sempre algo a mais, como o giz de cera de dedo, que permite brincar de dedoche enquanto pinta”, explicou.
Fernanda Ricci, também do Grupo Leonora, destacou a importância da inclusão: “Criamos a Color Joy, a primeira linha completa de material escolar para crianças atípicas, trazendo inovação e inclusão desde o desenvolvimento do produto até sua comunicação”.
Tamara Campos, do Grupo Gala, reforçou a importância de observar como as crianças interagem com os brinquedos: “Muitas vezes imaginamos o produto de um jeito e a criança brinca de outro”. Ela destacou a parceria com o Instituto João Clemente, que valida produtos voltados para crianças neurodivergentes.
Estratégias para lojistas competirem com o mundo digital
Com o desafio de competir com a atração das telas, os fabricantes têm investido em estratégias para ajudar lojistas a destacar o valor dos brinquedos educativos. Tamara Campos ressaltou a importância de treinar vendedores para que entendam e transmitam os benefícios desses produtos. “Se o colaborador conseguir demonstrar que o brinquedo educativo cria laços, a venda acontece mais facilmente”, afirmou.
Uma outra tendência destacada foi o desenvolvimento de produtos portáteis, que acompanham as famílias em momentos de espera ou deslocamento. “Criamos uma linha de joguinhos de bolsa para que haja interação entre pais e filhos no momento de espera, seja num consultório, no avião ou no restaurante”, compartilhou Ewerton Romano.
Tendências e inovações que aproximam gerações
Além dos produtos portáteis citados por Ewerton, Arielle Silva mencionou o retorno aos “paper toys” – brinquedos de papel ou papelão que as crianças podem personalizar – como alternativa às telas. Já Tamara Campus observou o crescimento significativo dos jogos de tabuleiro, materiais didáticos e jogos pré-escolares, tendência confirmada pelos dados da Circana apresentados na feira.
“A pandemia auxiliou muito a questão dos jogos, porque os pais redescobriram as crianças. Eles tiveram que entreter essas crianças de alguma forma, e muitos voltaram aos jogos tradicionais”, analisou Fernanda Ricci.
A vida brincante como filosofia
Ana Paula Romano encerrou com uma reflexão sobre integrar o brincar ao cotidiano: “Falo muito sobre ter uma vida brincante. É aquele caminhar intencional com a criança, aquela conversa ativa, é você realmente se interessar pelo universo dela.”
Para Arielle Silva, o investimento em brinquedos educativos é estratégico para o futuro: “Nosso propósito é que a imaginação ganhe vida. O quanto essa criança é estimulada na infância pode fazer toda a diferença no seu futuro. Os brinquedos que os pais possibilitam dela ter vão, quem sabe, desenhar o futuro dessa criança na fase adulta.”
Leia mais sobre as novidades da Abrin 2025 e descubra como os brinquedos educativos estão transformando o mercado e a infância!