Produtos tiveram que se adaptar às tecnologias para atrair as novas gerações
A 40ª edição da Abrin está com a programação recheada de palestras e painéis para os visitantes da feira. Em comemoração aos seus quarenta anos, a Abrin celebrou o passado neste primeiro dia de Abrin Talks, trazendo à tona discussões sobre a evolução do mercado infantil ao longo dos anos.
A arena de conteúdo da maior feira de brinquedos da América Latina teve, em seu primeiro painel, representantes de três grandes empresas do setor: Aires Fernandes (diretor de marketing da Estrela), João Nagano (diretor de marketing da Grow Jogos e Brinquedos) e Moise Candi (CEO da Candide), para discutirem os “40 anos de ABRIN: A evolução do brinquedo e sua relação com os consumidores”. A mediação foi de Fernando Palacios, da Storytellers.
Os fabricantes destacaram as mudanças pelas quais os brinquedos passaram nas últimas quatro décadas: “A história do brinquedo se confunde com a história da civilização. Ao longo dos anos, o brinquedo faz uma radiografia da moda, dos utensílios, da tecnologia de cada momento”, afirmou Aires Fernandes, da Estrela. “O brinquedo de antes era mais contemplativo. Hoje, ele ‘chama’ a criança para brincar, porque disputa o tempo e encantamento dela com outras indústrias”, complementou.
Para Nagano (Grow), as formas de comunicação com o consumidor também se tornaram mais complexas: “Antes, você fazia um anúncio na revista certa e atingia a mãe da criança; agora, está muito mais disperso”. É por isso que, para Candi (Candide), o futuro da indústria de brinquedos passa por “entender as crianças e se comunicar com elas para saber o que elas desejam e atendê-las da melhor forma”.